Uma vez que as pesagens seriadas ou o Balanço Hídrico geram informações principalmente sobre as alterações na água total do organismo, outros meios são importantes para diagnosticar um decréscimo ou um excesso no volume absoluto. O volume plasmático é a única medida de volume clinicamente disponível, porém pode ter um valor limitado, uma vez que os valores normais previstos variam consideravelmente. O exame clínico do paciente é essencial, e certos sinais e sintomas indicam a existência de anormalidade no volume hídrico do organismo. O sistema cardiovascular é o indicador mais sensível, taquicardia e até mesmo hipotensão indicam um déficit de volume. Na UTI o excesso de volume é mais comum, uma vez que os pacientes recebem, durante a ressuscitação, grandes volumes de líquido por via endovenosa. São sinais bem reconhecidos de sobrecarga hídrica: a Pressão Venosa Central aumentada, o Débito Cardíaco (DC) elevado, ritmo de galope cardíaco, uma segunda bulha pulmonar hiperfonética, a congestão pulmonar e algumas vezes o edema. O Sistema Nervoso Central (SNC) pode fornecer evidências de déficit na água total do organismo, tais como apatia, reflexos tendinosos, profundos e diminuídos, estupor ou coma. Porém, os excessos isotônicos exercem pouco ou nenhum efeito na função do SNC. Os sinais teciduais são tradicionalmente usados para avaliar a hidratação, porém podem aparecer lentamente. O turgor cutâneo diminuído e a língua seca são sinais tardios de déficit de líquido, assim como o edema subcutâneo é um sinal tardio de sobrecarga.
Se o paciente não apresentar boa diurese, deve-se restringir líquidos, usar diuréticos e até processos dialíticos. Porém, tomar cuidado com os diuréticos, pois se empregados sem critério podem induzir distúrbios
eletrolíticos, coma hepático, azotemia e arritmias.
O farmacêutico auxilia no processo de restrição hídrica no momento em que orienta sobre a diluição dos medicamentos que serão administrados no paciente.
Abaixo segue alguns medicamentos com sugestões de restrição hídrica:
Em caso de novas sugestões, entrar em contato.
Obs.: A tabela é passível de alterações, logo estaremos colocando novo medicamentos e, se necessário, fazendo alterações nos medicamentos apresentados.
REFERÊNCIAS:
Évora, P.R.et al. Distúrbios do quilíbrio hidroeletrolítico e do equilíbrio Ácidobásico: Uma Revisão Prática. Medicina, Ribeirão Preto. 32: 451-469 out./dez,1999.
DRUGDEX® System. Greenwood Village:Thomson. Healthcare, 2011[atualizada periodicamente]. Disponível em:<http://www.periodicos.capes.gov.br>. [acesso mediante assinatura]. Acesso em: 12 abr. 2011.
Jaruratanasirikul, S.; Sriwiriyajan, S; Punyo, J. Comparison of the Pharmacodynamics of Meropenem in Patients with
Ventilator-Associated Pneumonia following Administration by 3-Hour Infusion or Bolus Injection. American Society for Microbiology. Apr. 2005, p. 1337–1339 Vol. 49, No. 4
Ventilator-Associated Pneumonia following Administration by 3-Hour Infusion or Bolus Injection. American Society for Microbiology. Apr. 2005, p. 1337–1339 Vol. 49, No. 4
ótima postagem, isso sim que eh atendimento farmacêutico de verdade!
ResponderExcluirotima informação
ResponderExcluirAs informações são úteis. Mas, vcs tem pretensão de expor tb para outros profissionais. Por exemplo, para o psicólogo seria interessante por alguns efeitos sobre o SNC dos medicamentos. às vezes um problema "psicológico" é considerado ou demandado pela equipe, quando na verdade pode se tratar de um efeito medicamentoso.
ResponderExcluirOlá Bruno, podemos abordar eventos adversos relacionados aos medicamentos como um tema.
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